Uma questão interessante para a juventude que não ouviu Capiba e Levino Ferreira do Recife e tantos mestres do frevo de Alagoas, desde a Zona Lagunar ao Baixo São Francisco.
As novas gerações, sem saudosismo, não conseguem entender que bater tambor apressado sem a cadencia e a classe dos antigos percussionistas que literalmente fazem a "caixa cantar", não fazem frevo, fazem mau uma fanfarra sem identidade.
Aos músicos de sopro vem mais uma notícia, a do respeito ao que foi escrito e da importância de respeitar as regiões que o compositor quer que os metais soem. E sem falar do swing, importantíssimo para o naipe de saxofones, esses entendem que só fica bom quando não se tem apenas uma voz.
Por tudo isso a Lira sabe tocar frevo e é a melhor orquestra da região. Mas isso não é por vaidade, mas por muito trabalho e dedicação dos valorosos músicos nossos. Somos o que plantamos e, neste sentido, a Lira se dedica ao seu arcabouço cultural. Ela se entende como mantenedora da cultura no Município de Traipu: é o maior patrimônio cultural do município!
Valorização temos das pessoas que conhecem o nosso valor: dos trabalhadores, dos professores, dos pescadores, dos funcionários públicos, dos agricultores, dos colegas músicos, enfim da sociedade que merece o nosso respeito.
O Frevo sobreviverá e os músicos da Banda Lira ainda contarão essa história para as gerações futuras de músicos. Viva a Música, viva a verdadeira cultura de Traipu!