quarta-feira, 19 de dezembro de 2018

Balanço da Festa de Nossa Senhora do Ó

Chegamos ao fim da festa de Nossa Senhora do Ó, novenário com uma atividade musical das mais ricas do Baixo São Francisco. A Banda Lira anfitriã teve o prazer de receber a Banda de Música 

Banda Bráulio Pimentel de São Miguel

Maestro Bráulio Pimentel de São Miguel dos Campos, regida pelo maestro Florisjan Cahet, que se apresentou na noite de 15 de dezembro. 

A banda Lira, bastante motivada, apresentou um repertório muito rico com foco nos tradicionais dobrados da Série Ouro da Funarte assim como em obras de autoria de traipuense e os mais variados arranjos que muito agradou aos ouvidos hábeis dos que se fizeram presentes após o novenário. 
Banda Lira em apresentação antes da novena.

Sob a regência do maestro Nelson Souza a centenária banda Lira está completando 8 anos. Neste período a banda se renovou e ampliou consideravelmente o seu repertório que atualmente já ultrapassa mais de 60 dobrados do quais, pelo menos 30 são de compositores traipuenses. Essa valorização dos músicos e compositores locais é algo relevante na política cultural da Associação Cultural Lira de Traipu. Assim, quatro dos nossos músicos veteranos foram devidamente homenageados pelas relevantes contribuições à cultura traipuense e a Banda Lira. José Luiz Cerqueira, José Marques (Zé Bozó), Manoel Rodrigues Silva (Mané de Euzébio) e João José Pereira receberam o titulo de sócio benemérito da ACLTraipu, o que os torna votantes e responsáveis pelos rumos da Associação dos músicos. 


O presidente da ACLTraipu junto aos homenageados. 
 Aos que doaram e ajudaram no pagamento das despesas da festa o nosso agradecimento. Inicialmente agradecemos ao Padre Geraldo pela confiança e generosidade exposta, ao  prefeito Silvio Cavalcante pela generosa contribuição,
Banda de Pífanos animando a coleta do leilão 
 ao Coral de Nossa Senhora que ajudou na arrecadação do leilão, à Sra Maria de Fátima Houly Palmeira  (viúva do saudoso Zé Francisco) que fez a arrecadação em Arapiraca, à Banda de Pífanos que animou a coleta do leilão da noite dos músicos, aos presidente e vice da ACLTraipu Nilton Souza e Iracema Isidro que fizeram as demais arrecadações necessárias ao compromisso financeiro firmado. Enfim devemos agradecer aos músicos que se doaram para fazer essa festa e estar presente na "maratona" de apresentações  musicais:

 Nelson Souza, maestro; Genivaldo, Carleano, Robson, Vanderson e Marlisson, clarineta; Bruno, Lio, Toinho Basílio e Emerson, saxofone alto; Nidinho, Fabinho Palmeira e Lêo, trombone; Juninho, Vaninho, Paulinho, Ninho, Jason, Daniel e Manoel, trompete; Ailton Souza, bombardino; Rudson, sax-tenor; Pedro, trompa; Klisman e Wellington, tuba; Zé de Ouro, Damião, Leandro e Robinho, percussão; e os eventuais e não menos importantes Edilson, sax-tenor, Jobson, tuba; Tércio, sax-tenor; Tuca, percussão; Neivson e Nilton Souza, trompete; Marcondes, sax-alto; e Flavinho, sax-tenor. 


Banda Lira após a missa do dia 18 de dezembro 





sábado, 1 de dezembro de 2018

Festa de Nossa Senhora do Ó: conexão entre a fé e a música

O tradicional novenário de Nossa Senhora do Ó de Traipu-AL está em sua edição de número 285, remontando-se ao século XVIII. Pouco se sabe como era a prática religiosa no passado mas que, certamente no século XIX já se esboçava um elemento cultural que muito agregou à fé do povo traipuense: a música. A música da novena é dos mais belos exemplares da influencia da cultura musical européia nas Américas e reflete as necessidades de adaptação instrumental e vocal à cultura musical nordestina. Neste sentido, a forte influencia das Bandas de Música está presente na escrita para instrumentos do ensemble como bombardino, clarineta, saxofone, etc. embora mantendo as características estilísticas do classicismo musical. 
Imagem de Nossa Senhora do Ó

Historicamente, a cidade de Traipu ainda na condição de vila já possuía a cultura da banda de música. Esses grupos musicais de início e meados do século XIX eram compostos de poucos músicos com disposições instrumentais nem sempre condizentes com a tradição instrumental já em voga em Portugal no século XVIII. Entretanto, a vida musical das pequenas vilas e cidades do século XIX tinha nesses grupos a possibilidade do provimento de música desde às atividades religiosas e cívicas ao entretenimento.     
Há evidencias de que antes da fundação da Sociedade Guarany, em 1886, já havia em Traipu uma banda de música que se apresentava em procissões nas cidades ribeirinhas do Baixo São Francisco. Desse modo de associação à procissão religiosa a banda ganhará espaço na já tradicional festa com a presença efetiva numa jornada musical: toca-se a alvorada, antes das 6hs; ao meio dia toca-se novamente; na recepção ao padre que celebrará a noite de novena toca-se às 19hs; após a novena a banda de música faz uma retreta enquanto as prendas do leilão são vendidas. 
A Banda Lira já está à frente dessa cultura há mais de cem anos e no seu compromisso com a manutenção das mais valiosas tradições culturais da cidade se faz presente de forma efetiva ao cuidar para que nada seja mudado, entretanto sempre melhorado no que for pertinente. O diálogo com a sociedade e poder público tem mostrado um caminho promissor diante das correntes que erroneamente pregam a modernidade como uma solução ao que se apresenta tradicional, tanto na prática da fé como numa prática musical. 
O novenário de Nossa Senhora do Ó se preserva com ações como a edição didática da partitura da novena promovida pelo maestro e musicólogo Nilton Souza; pela luta para o fortalecimento do Coral de Nossa Senhora, promovido pelo entusiasmo de Dona Dadá, Genivaldo e grande equipe e pela compreensão do nosso pároco que compreende a importância de manter viva a tradição e apoiá-la sem ressalvas. 
Em 2018 a Banda Lira estará mais uma vez presente e espera ter consigo nessa jornada algumas bandas convidadas.  

quarta-feira, 21 de novembro de 2018

Dia de Santa Cecília, dia do músico: significado e reflexão cristã

O dia 22 de novembro, aclamado no mundo cristão como dia do músico, é pois o dia em que se recordava o martírio de Santa Cecília desde o século VI. Sua história remonta ao segundo século da era cristã, quando fez seus votos ao cristianismo numa época que era proibido professar a fé no Cristo. Associa-se a relação da música à Santa Cecília por seu gosto pela música e por sua capacidade de converter os pagãos por meio do canto. 
Podemos fazer um paralelo entre o martírio de Santa Cecília e a vida do músico, especialmente no momento que vivemos com tantas incertezas, tanta maldade e um espírito de ganancia que desmerece a todos em proveito próprio. Vivemos em um tempo em que precisamos refletir sobre o verdadeiro sentido da vida e também sobre a importância que damos ao vil e decadente metal: por muito pouco se esquece da história, do passado e das perspectivas de futuro. 
A nossa Banda Lira já passou por muitas turbulências e persiste na fé com o exemplo de Santa Cecília, nossa padroeira e protetora. 
 Que este 22 de novembro não seja apenas um dia de festejar, celebrar a música e agradecer pelos dons que recebemos, antes seja também um dia de reflexão ética, social e cultural diante da sociedade em que vivemos. 
Parabéns músicos!

Atenciosamente,

A Diretoria da ACLTraipu 
 

quinta-feira, 27 de setembro de 2018

Prefeito Silvio Cavalcante acena positivamente à solicitação de terreno para a construção de Associações de Músicos no Município

Nesta quinta, 27 de setembro, em reunião junto ao Prefeito Silvio Cavalcante e a Secretaria de Turismo, Cultura e Igualdade Racial, Suely Galvão, Secretário Genivaldo Rosa, além de assessores e dos maestros Jorge da Hora e Nilton Souza foram colocadas as demandas das Associações de Músicos e da necessidade de construção de Sedes para a brigar as ações de ensaios, ensino e reuniões, dentre outras. 

Reunião com as autoridades municipais


O prefeito sugeriu a doação de um terreno pertencente ao município e que, para isso, todo o processo passará de forma legal pela Câmara de Vereadores, como de praxe. Cada Associação poderá construir da forma mais adequada possível, desde que dentro dos parâmetros do projeto que terá ajuda de um arquiteto para que possa ser apreciado pela Câmara local. 
Durante a conversa o Projeto "Pra ver a banda tocar" - que busca levar a música das bandas para todo o município dentro de um calendário anual - foi salientado pelo gestor municipal que estuda a possibilidade de implanta-lo, assim que terminar os estudos de impacto do setor financeiro municipal. Esse projeto, idealizado pelo maestro Nilton Souza, beneficia as duas bandas locais e abre espaço para o crescimento dos grupos por manter um calendário útil de apresentações e ensaios. 
Visita com a Secretaria de Cultura ao terreno que será destinado às Associações de Músicos
O maestro Jorge da Hora agradeceu pelo empenho e atenção do prefeito e salientou que "poderemos entrar em um novo momento para a música em Traipu" a partir de uma ação positiva e que muito deverá agradar aos nossos músicos. 

   

domingo, 29 de julho de 2018

Nota de Falecimento

A Associação Cultural Lira de Traipu lamenta o falecimento do seu ex-músico Júlio Alves Teixeira neste domingo, 29 de julho de 2018. Além de clarinetista de longa data do quadro da Banda Lira, foi vereador por Traipu. A Banda Lira dá seus pêsames aos familiares e em especial aos filhos e netos músicos que  também fizeram parte da Lira: Diquinha, Chumbinho e Juliano.




domingo, 3 de junho de 2018

Banda Lira participa do dia Nacional em defesa do Velho Chico

Neste dia 03 de junho Traipu se mobilizou em prol do Velho Chico. Com atividades diversas e gincanas foi passada uma bela mensagem sobre a importância da luta pela revitalização do rio.
a Banda Lira Traipuense participou ativamente animando o evento com um repertório bem animado. A música Riacho do Navio foi a mais solicitada pelo publico que abraçou o Velho Chico.



Alunos das Escolas Municipais participam da ação em defesa do Velho Chico





Banda Lira com mascaras de Carranca 
 A Banda Lira Vira Carranca para defender o Velho Chico. Faça também a sua parte!
acesse www.virecarranca.com.br e participe da campanha. 

Até as crianças aderiram à Campanha!



Banda Lira participa das festividades da Emancipação Politica de Traipu

Vestindo um novo fardamento comemorativo dos seus 110 anos, a Banda lira Traipuense mais uma vez fez parte das festividades da emancipação politica de Traipu. Na ocasião foram tocados os hinos pátrios para o hasteamento das bandeiras do Brasil, de Alagoas e de Traipu.



Veja a matéria associada 

quinta-feira, 22 de março de 2018

Novo tempo, novas perspectivas, nova indumentária!

A Lira em 2017 possivelmente estaria completando 110 anos. Possivelmente já que poucos documentos podem atestar o seu nascimento.
Sabe-se por meio do anuário de 1890 que uma das Sociedade Musicais da cidade já atuava com a nomenclatura " Banda Lira e Filarmônica". Na virada para o século XX essa agremiação musical vem se tornar, ainda nas primeiras décadas do século, a Lira Traipuense, ou apenas Lira. Seu primeiro regente foi o "Mestre Vieira", que em 1910 atuava concomitantemente à frente da Banda de Música de Belo Monte - hoje cidade, mas que pertencia ao município de Traipu.
Em comemoração ao seu saudoso passado, estamos confeccionando uma camisa que será o 3º fardamento da referida banda de música. Convidamos aos que se importam com a Cultura Traipuense para ajudar nesse pleito.
O desejo de fazer doação deve ser comunicado ao WhatsApp de nº (82) 9 99758788. As instruções serão enviadas. 


segunda-feira, 22 de janeiro de 2018

Por que a Banda Lira sabe tocar frevo?

Uma questão interessante para a juventude que não ouviu Capiba e Levino Ferreira do Recife e tantos mestres do frevo de Alagoas, desde a Zona Lagunar ao Baixo São Francisco. 
As novas gerações, sem saudosismo, não conseguem entender que bater tambor apressado sem a cadencia e a classe dos antigos percussionistas que literalmente fazem a "caixa cantar", não fazem frevo, fazem mau uma fanfarra sem identidade. 
Aos músicos de sopro vem mais uma notícia, a do respeito ao que foi escrito e da importância de respeitar as regiões que o compositor quer que os metais soem. E sem falar do swing, importantíssimo para o naipe de saxofones, esses entendem que só fica bom quando não se tem apenas uma voz.   
Por tudo isso a Lira sabe tocar frevo e é a melhor orquestra da região. Mas isso não é por vaidade, mas por muito trabalho e dedicação dos valorosos  músicos nossos. Somos o que plantamos e, neste sentido, a Lira se dedica ao seu arcabouço cultural. Ela se entende como mantenedora da cultura no Município de Traipu: é o maior patrimônio cultural do município!
Valorização temos das pessoas que conhecem o nosso valor: dos trabalhadores, dos professores, dos pescadores, dos funcionários públicos, dos agricultores, dos colegas músicos, enfim da sociedade que merece o nosso respeito.
O Frevo sobreviverá e os músicos da Banda Lira ainda contarão essa história para as gerações futuras de músicos. Viva a Música, viva a verdadeira cultura de Traipu!   


segunda-feira, 8 de janeiro de 2018

Lira Traipuense no Pinto da Madrugada 2018

A Banda Lira Lira Traipuense tem o prazer de participar mais uma vez do desfile carnavalesco do Bloco Pinto da Madrugada. A Orquestra de frevo contará com a presença de 40 componentes músicos além do apoio de 10 membros.
O objetivo é ter uma orquestra capaz de executar os frevos clássicos da cultura carnavalesca do nordeste com a execução de obras pernambucanas, alagoanas e principalmente de compositores traipuenses.

A Lira Traipuense representará a Cultura Traipuense como mais antigo grupo em atuação no município. Orgulho do traipuense.

A Direção da ACLTraipu